sábado, 31 de janeiro de 2009

Igreja do Evangelho Quadrangular

Foi fundada no Brasil pelo missionário americano Harold Williams em 1953 na cidade de São Paulo. Foi a inovadora em alguns pontos cruciais do pentecostalismo. Não eram tão intransigentes no uso da roupa e do cabelo como os assembleianos e os da congregação cristã. Seus cultos eram ainda mais desorganizados que o de seus antecessores. Deixando a recomendação de Paulo em I Tm 2.8-13, atropelaram as escrituras e ordenam mulheres para o ministério, dando a estas o titulo de pastoras. Seus templos estão situados principalmente no Sul e Sudeste do país.

"Irmã" Aimee Semple Mc Pherson (1890-1944):

Foi a indiscutível fundadora da "International church of foursquare gospel", que no Brasil, é chamada de "Igreja do Evangelho Quadrangular". O livro americano "The Dictionary Of Pentecostal and Charismatic Movements", a chama de "the most proeminent woman leader has produced to date". Em bom português, o livro a chama "a mais proeminente líder feminina, que o pentecostalismo produziu até hoje".

Se Aimee Semple Mc Pherson, foi uma proeminência, um fenômeno religioso, isto nem o mais ateu dos homens, pode discutir. Do nada, ela fundou um Igreja, com milhões de seguidores.

A sua vida religiosa, começou quando ela acompanhou o seu marido, numa viagem missionária até a China. Neste país, o seu marido adoeceu. Morreu logo à seguir. A jovem viúva, retornou para os USA. Nenhuma pessoa imaginaria o que viria a seguir.

Logo depois de voltar, ela se casaria com Harold Stewart Mc Pherson, era 1911. Este segundo casamento, foi um fracasso do começo ao fim. Aimee Mc Pherson era histérica, nervosa, negligente, preguiçosa. Além de tudo, traiu o seu infeliz marido. Nenhum de seus biógrafos sabe quantas dezenas de amantes Aimee teve enquanto o pobre Harold sofria. Ele finalmente pediu divórcio em 1921 (ver o livro de Eve Simson, The Faith Healer, página 36).

Em maio de 1926, Aimee Mc Pherson deu para sumir por uns tempos. No mês seguinte ela reapareceu no México, inventando uma fábula de que teria sido sequestrada. Na verdade toda a fábula era para evitar que percebessem que ela havia tido uma tórrida paixão, com muito sexo, com um homem casado chamado Kenneth Ormiston. O casal já havia sido visto antes numa viagem conjunta à Europa (sobre esta parte da vida de Aimee ver os livros "The Vanishing Evangelist", do autor Lately Thomas). Uma recepcionista de uma loja mostrou que Aimee e seu amante estavam na cidade de Karmel, Califórnia. Aimee "comia" o seu amante, ao tempo em que depois inventou à imprensa que estava sequestrada. Várias outras testemunhas mostraram terem visto as aventuras de Aimee. Enquanto isto, Aimee ia tendo cada vez mais seguidores.

Um ano depois deste escândalo, Aimee começou a enrolar os seus cabelos, a usar jóias, peles caras, usar vestidos curtos. Igualmente bebia muito e em público dançava, aproveitava a vida. Anos antes ela pregava contra tudo isto, garantindo o fogo do inferno a quem tivesse tais pecados. Agora, praticava aos montes estes terríveis pecados (ver o livro "Least of all saints". Autor: Robert Barh).

Em 1931, Aimee casou pela terceira vez. Desta vez o imbecil marido se chamava David Hutton. De novo veio divórcio, desta vez em 1934. Menos de três anos de infeliz união. Aimee casou já tendo um harém de homens. E virou ex-mulher de novo.

No livro, já citado, de Robert Barh tem uma foto de Aimee com alguns de seus seguidores. Ela aparece caída de bêbada no chão [estaria embriagada no "espírito"?]. Os seguidores se acham "batizados no espírito santo". E também no chão.

O livro "Sister Aimee", página 221, do autor Epstein, mostra as pregações religiosas de Aimee. Diante de grandes multidões ela pregava: "As suas desgraças serão destruídas. As suas doenças serão todas curadas. Basta apenas vocês acreditarem. Onde estiver o espírito de Deus, ali estará a sua cura."

Aimee avisava que a cura era parte do evangelho. Bastava ter muita fé e dar dinheiro a sua Igreja. Para se ter acesso à sessões de cura espiritual de Aimee, os crentes tinham que comprar um cartão e ali ficar na linha de cura de Aimee.

O livro "The Healing Question", do autor Arno Clemens Gaebelein, publicado em New York em 1925, editora Our Hope Publications, página 93, mostra um caso triste envolvendo Aimee Mc Pherson. O autor descreve o que viu:

"Uma jovem garota, usava um óculos. Uma das lentes era totalmente preta. Eu percebi que a menina era totalmente cega de um olho e quase cega do outro. Eu observei tudo o que ocorreu, sentado, bem perto de todo o ocorrido. Enquanto orações eram feitas para ela, a jovem menina, que parecia ter em torno de 11 anos de idade, chorou e contorceu-se toda. Em sua vontade de se curar, ela fazia todos os esforços para ser curada. Ela deixou o altar e houve um clamor público, iniciado por um dos obreiros presentes, de que ela teria sido curada. Ela gesticulou, dando a impressão que tinha sido curada. Uma hora depois, quando o culto pentecostal acabara, eu vi um grupo de mulheres agrupadas. De longe, naquele grupo, percebi a presença da garota "curada". Mandei minha esposa ver o que era e falar com a garota "curada", caso fosse necessário. Ela achou a garota supostamente "curada" caída no chão, chorando copiosamente, com as esperanças destruídas e o coração partido. Sua decepção era completa. Assim como a sua desilusão. A melhora da visão, que havia supostamente tido no altar, tinha sumido totalmente".

O autor Robert Barh, no livro "The Least of All Saints", diz muito bem dos últimos anos de vida de Aimee. Aimee ia aos poucos se viciando em drogas. Sua paixão por barbitúricos, se completava ao seu amor por homens na cama.

Amores à parte, ela tinha uma mãe. Ela se chamava Mildred (Minnie) Kennedy. A mãe ajudava a filha no milionário negócio evangélico. O "Angelus Temple" de Aimee era uma supermina de ouro em dinheiro. De fato, dividiam mãe e filha o dinheiro arrecadado dos fiéis. Tanto dinheiro que deu numa sucessão de brigas horríveis entre mãe e filha. Já em 1927, Aimee demitiu sua mãe do cargo que exercia na Igreja do Evangelho Quadrangular. Depois, por um curto período de tempo, Mildred voltou à administrar coisas na Igreja, pois a filha havia feito uma série enorme de investimentos fracassados. Uma briga entre mãe e filha teve como resultado Aimee quebrar o nariz da mãe com um forte soco (ver página 296, da obra de Robert Barh, já citada).

A ligação de mãe e filha terminava. O dinheiro e os escândalos de Aimee não. Em 1937, Mildred, apoiada pela neta Roberta, decidiu processar a filha Aimee. Não era a questão do nariz quebrado. O dinheiro era de novo o centro do processo. Aimee ganhou a questão.

Se Aimee ganhava cada vez mais dinheiro, com seu imenso e crescente império religioso, não ganhava paz de espírito. Cada vez mais, se entregava às drogas. Morreu de overdose em 1944. Deixou para a mãe a quantia de dez dólares, dizendo que caso ela contestasse isto, então não receberia nada (ver a obra de Robert Barh, página 282).

Sua vida e sua morte mostra a todos os possuidores de alguma inteligência que ela nada mais era que uma infame charlatona.

Dalton Catunda Rocha

Leia mais em: http://obereano.blogspot.com/2008/12/aimee-semple-mcpherson.html

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