domingo, 2 de outubro de 2011

Se gostar, fico!

Ontem, li no para-brisa de um carro o seguinte: "Ministério fiel é Deus, Igreja AD em Santo Aleixo. Fui, gostei e fiquei".

Cada um divulga seu produto como melhor entende. Acontece que esse desvirtuamento no pensamento geral de tudo que envolve Igreja em nossos dias, que não é exceção, é regra, não me passa como concebível.

De trás pra frente. A igreja tem que agradar; é um mercado aberto e adereçado para satisfazer os mais variados desejos de seus clientes. Fico porque gosto, ou só fico se gostar. Igreja passa de uma necessidade transformada em conveniência. Conforme a lei do mercado, quem manda é o cliente, e na igreja, quem manda não é mais o dono da igreja, mas quem vai à Igreja. Ainda ouvimos muito se dizer que quem manda na Igreja é Cristo, infelizmente não passa de balela conveniente, ou não se percebeu que de fato isso deixou de ser verdade, com raríssimas exceções.

Fiel é Deus (e não Deus é fiel). Não só nos desobriga de ser, como discretamente apresenta um álibi para qualquer infidelidade, pois quem é fiel é Deus, logo não me exija tal atributo.

Sendo capaz de escrever e divulgar tal coisa, imagine o que permeia uma mente que frutifica tal asneira!

O que li, não foi apenas um "slogan", mas uma epidêmica mentalidade mais próxima do que se possa imaginar.

"E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões" (Mateus 21.13).

Edson Cavalcante dos Santos

sábado, 1 de outubro de 2011

Mais da metade dos pastores nunca leram a Bíblia inteira

Cerca de 50,68% dos pastores e líderes nunca leram a Bíblia Sagrada por inteira pelo menos uma vez. O resultado é fruto de uma pesquisa feita pelo atual editor e jornalista da Abba Press & Sociedade Bíblica Ibero-Americana Oswaldo Paião, com 1255 entrevistados de diversas denominações, sendo que 835 participaram de um painel de aprofundamento. O motivo é a "falta de tempo", apontaram os entrevistados.

Oswaldo conta que a pesquisa se deu através de uma amostragem confiável e que foi delimitada. Segundo ele a falta de tempo e ênfase na pregação expositiva são os principais impedimentos. "A falta de uma disciplina pessoal para determinar uma leitura sistemática, reflexiva e contínua das escrituras sagradas e pressão por parte do povo, que hoje em dia cobra por respostas rápidas, positivas e soluções instantâneas para problemas urgentes, sobretudo os ligados a finanças, saúde e vida sentimental", enumera Oswaldo.

A maioria dos pastores corre o dia todo para resolver os problemas práticos e urgentes dos membros de suas igrejas e os pessoais. Outros precisam complementar a renda familiar e acaba tendo outra atividade, fora a agenda lotada de compromisso. Os pastores da atualidade, em geral, segundo Paião, são mais temáticos, superficiais, carregam na retórica, usam (conscientemente ou não) elementos da neurolinguística, motivação coletiva, força do pensamento positivo e outras muletas didáticas e psicológicas. Oswaldo arrisca dizer que muitos "pastores precisam rever seus conceitos teológicos e eclesiológicos, sem falar de ética e moral, simplesmente ao ler com atenção e reflexão os livros de Romanos, Hebreus e Gálatas. E antes de ficarem tocando Shofar e criando misticismo, deveriam ler a Torá com toda a atenção, reverência e senso crítico".

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