Ontem, li no para-brisa de um carro o seguinte: "Ministério fiel é Deus, Igreja AD em Santo Aleixo. Fui, gostei e fiquei".
Cada um divulga seu produto como melhor entende. Acontece que esse desvirtuamento no pensamento geral de tudo que envolve Igreja em nossos dias, que não é exceção, é regra, não me passa como concebível.
De trás pra frente. A igreja tem que agradar; é um mercado aberto e adereçado para satisfazer os mais variados desejos de seus clientes. Fico porque gosto, ou só fico se gostar. Igreja passa de uma necessidade transformada em conveniência. Conforme a lei do mercado, quem manda é o cliente, e na igreja, quem manda não é mais o dono da igreja, mas quem vai à Igreja. Ainda ouvimos muito se dizer que quem manda na Igreja é Cristo, infelizmente não passa de balela conveniente, ou não se percebeu que de fato isso deixou de ser verdade, com raríssimas exceções.
Fiel é Deus (e não Deus é fiel). Não só nos desobriga de ser, como discretamente apresenta um álibi para qualquer infidelidade, pois quem é fiel é Deus, logo não me exija tal atributo.
Sendo capaz de escrever e divulgar tal coisa, imagine o que permeia uma mente que frutifica tal asneira!
O que li, não foi apenas um "slogan", mas uma epidêmica mentalidade mais próxima do que se possa imaginar.
"E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração; mas vós a tendes convertido em covil de ladrões" (Mateus 21.13).
Edson Cavalcante dos Santos
Um comentário:
Sinto a mesma coisa quando leio: "Sou feliz poruq sou católico", e me pergunto, e pergunto na igreja: não deveriamos ser felizes por sermos cristãos, ou ainda não deveriamos ser felizes porque o Reino de Deus que é "paz, justiça e alegria" é uma realidade no meio de nós?
Padre Antonio
Diocese de Itumbiara
Igreja Católica Apostólica Brasileira
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