sábado, 8 de novembro de 2008

Retété de jeová e os bereanos

Cada vez mais tenho percebido que parte dos evangélicos estão vivendo um estranho tipo de evangelho. O sensacionalismo bem como o emocionalismo catársico, fruto do chamado retété de Jeová tem ditado em nome do Espírito Santo comportamentos absolutamente contrários aos ensinos bíblicos.

Em nome da experiência, doutrinas e práticas litúrgicas das mais estapafúrdias tem se multiplicado em nossos arraiais. "Sapatinho de fogo, unção do cajado, do riso, do leão, da urina, galo que profetiza", entre tantas outras mais fazem com ruborizemos diante de tanta sandice.

Talvez ao ler este texto você esteja dizendo com seus botões: quem somos nós para julgar alguém? A Bíblia nos ensina que não podemos julgar ninguém. Ora, quando o Senhor Jesus advertiu contra o juízo temerário (Mt 7:1-6), Ele não estava declarando pecaminoso e proibido toda e qualquer forma de juízo. Dentro do contexto de Mateus nosso Senhor nos induz a discernir quem é cão e porco para que não se desperdice a graça de Deus. Julgar não é pecado! Afinal o próprio Deus exerce juízo. Ele mesmo nos ordena exercer o discernimento, que diga-se de passagem é o dom mais ignorado, e talvez o mais odiado hoje em dia.

Cristo julgou os escribas e fariseus pelo seu comportamento hipócrita e doutrinariamente distorcido (Mt 23:1-36). Se o julgar não é o papel de um homem de Deus, então creio que tanto os profetas do Antigo Testamento como os apóstolos devem ser despidos deste título! O que falar então dos crentes de Béreia? Ora, diz a Bíblia que ele não engoliam qualquer ensinamento, antes pelo contrário, verificavam se o ensino estava de acordo com a sã doutrina.

Como já escrevi inúmeras vezes, creio veementemente que boa parte dos nossos problemas eclesiásticos se deve ao fato de termos abandonadoas Escrituras. Não tenho a menor dúvida de que somente a Bíblia Sagrada é a suprema autoridade em matéria de vida e doutrina; só ela é o árbitro de todas as controvérsias, como também a norma para todas as decisões de fé e vida. É indispensável que entendamos que a autoridade da Escritura é superior à da Igreja, da tradição, bem como das experiências místicas adquiridas pelos crentes. Como discípulos de Jesus não nos é possível relativizarmos a Palavra Escrita de Deus, ela é lâmpada para os nossos pés e luz para os nossos caminhos.

O reformador João Calvino costumava dizer que o verdadeiro conhecimento de Deus está na Bíblia, e de que ela é o escudo que nos protege do erro.

Em tempos difíceis como o nosso, precisamos regressar à Palavra de Deus, fazendo dela nossa única regra de fé, prática e comportamento.

Soli deo Gloria.

Renato Vargens
www.renatovargens.com.br

5 comentários:

Anônimo disse...

GOSTARIA DE SABER SE POSSO COLOCAR UM LINK PARA SEU BLOG DIRETO DO MEU:
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DEUS ABENÇOE.

Terezinha disse...

Graça e Paz.

Estou seguindo seu Blog, me identifiquei com a frase ao final d0 texto Quem sou?!
"Sou um pequeno aprendiz de servo do Grande Senhor!",
plagiei a mesma, pois, considero que o verdadeiro cristão deve pensar assim.

Abraços
Terezinha

Sirleide da Rocha disse...

Para começar a palavra temerário, entre outras coisas, que não remetem ao caso em questão, significa, precipitado (sem reflexão), apressado e infundado que não tem razão de ser. O texto mencionado remete para uma situação em que Jesus está condenando um julgamento hipócrita. A palavra argueiro significa:Pequena aresta, corpúsculo ou coisa insignificante. Bagatela, ninharia, ou seja algo que não tem quase nenhum valor. Algumas versões usam cisco no lugar de argueiro. Já a palavra trave significa: Peça de madeira, ferro ou betão, usada em construções para transferir ou distribuir o peso ou o esforço das estruturas.= viga:
Peça de madeira, metal ou betão, grossa e comprida, sobre que assentam as peças mais delgadas que sustentam pavimentos ou telhados. Embora um cisco no olho cause muito incômodo, imagina se fosse possível você ter dentro do olho uma viga ou trave. O cisco só incomoda, já uma trave deixaria a pessoa totalmente cega, se fosse imaginável colocar uma dentro de um olho.Penso que Paulo em sua epístola aos Romanos cap 2:1-29, mas mais precisamente do 17-24, traduz com clareza a idéia do mestre em relação a este assunto. O contexto indica que Paulo se dirigia àqueles que se gloriavam de conhecer a vontade de Deus , pelo conhecimento de sua lei, os judeus. Estes, condenavam os gentios, mas praticavam as mesmas coisas que eles. Paulo usou isto para ensinar duas coisas para aqueles arrogantes conhecedores da lei. A primeira: eles eram piores que aqueles que eles condenavam, pois tinham o conhecimento do verdadeiro Deus e de sua vontade. Segundo, que aquele que faz a vontade de Deus é tido como verdadeiro descendente de Abraão. Jesus também falava aos israelitas, quando pronunciou as palavras de Mateus 7:1-5. Aliás, Jesus se dirigia aos israelitas o tempo todo, pois ele mesmo disse de si, que não fora enviado senão aos da casa de israel, óbvio é que os gentios também participavam das bençãos destes, mas já é outra questão. O fato que permanece é que o julgamento em questão proibido pelo mestre, é o que é feito com hipocrisia, que significa: Fingimento de bondade de ideias ou de opiniões apreciáveis; devoção fingida. Ademais, se julgar fosse proíbido aos cristãos, como Paulo poderia ter dito: "Afinal de contas eu não tenho o direito de julgar os que não são cristãos. Deus os julgará. Mas será que vocês não devem julgar os seus irmãos na fé? Como dizem as Escrituras Sagradas: "Expulsem do meio de vocês esse homem imoral." I Cor 5:12,13. OU na versão da bíblia de Jerusalém: " Acaso compete a mim julgar os que estão fora? Não são os dentro que v´s tendes de julgar? Os de fora Deus os julgará. Afastai o mal do meio de vós." Ou RA: " Pois com que direito haveria eu de julgar os de fora? Não julgais vós os de dentro? Os de fora, porém, Deus os julgará. Expulsai, pois, de entre vós o malfeitor."

Sergio disse...

"Não julgueis segundo a aparência, mas julgai segundo a reta justiça."
João 7:24

Ou seja, Pode Julgar sim... Pela reta justiça.

Leonardo Lima disse...

É obvio que não somente podemos como devemos julgar. O julgamento é a prova cabal de que possuímos cerebros com capacidade analítica. Nem preciso utilizar nesse momento os argumentos biblícos a favor do que estamos falando, porque eles já foram utilizados na postagem. Parabéns ao autor.

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