quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Antes do pentecostalismo...

O que me espanta é constatar que antes de surgir o pentecostalismo, quase não se ouvia falar em pessoas endemoninhadas, a não ser os infelizes que pertenciam ao Espiritismo (kardecista, umbandista, candomblecista, etc.). Os cristãos eram sérios, iam à igreja, viviam uma vida honesta e davam maravilhoso testemunho aos incrédulos. Muitos crentes eram até mesmo apedrejados por amor do Evangelho. A maioria das pessoas se convertia diante de uma pregação séria da Palavra de Deus, lendo a Bíblia, nascendo de novo e vivendo uma vida reta e santa, de excelente testemunho diante de Deus e dos homens.

Foi então que surgiu o pentecostalismo, com os seus sinais e maravilhas, curas milagrosas, exorcismos, glossolalia, gente andando de quatro e coisas assim. Como "um abismo chama outro abismo", esse movimento foi se desdobrando numa série de movimentos espúrios, tipo "Teologia da Fé", "Teologia da Prosperidade", Teologia do "Fale e Exija", Movimento G-12, Vineyard, Promise Keepers, Oração Contemplativa, todos estes a caminho da Nova Era...

O evangelho foi caindo rapidamente de nível e os crentes já não conseguiam (nem conseguem mais) dar um bom testemunho de vida... Antigamente, quando um crente entrava numa loja para comprar a prestação, o seu crédito era logo aprovado, pois, ser evangélico era dar uma garantia de honestidade. Hoje em dia, quando se entra numa loja e diz que é evangélico, o crédito demora muito mais a ser aprovado, pois isto se tornou uma vergonha. Também, já não se pode pregar para um católico porque ele sempre ri da nossa cara, afirmando que ser evangélico é o mesmo que ser um palhaço religioso. Eu não consigo mais me apresentar como evangélica. Fico caladinha e, quando muito, digo que sou uma "pesquisadora da Bíblia", tentando merecer algum respeito, o contrário do que acontecia antigamente, quando ser evangélico equivalia quase a ser um santo!

Os pentecas são tão fracos no Livro de Gálatas? Talvez por isso é que têm uma lamentável tendência ao judaísmo, com medo de sonegar o dízimo; buscando ansiosamente os sinais e as maravilhas que são a marca registrada de sua denominação; submetendo-se como ovelhas tolas aos seus guias pentecas, quando Paulo diz em Gálatas 5:1: "ESTAI, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a colocar-vos debaixo do jugo da servidão". E quando o mesmo apóstolo aos gentios diz, em Gálatas 5:14: "Porque toda a lei se cumpre numa só palavra, nesta: Amarás ao teu próximo como a ti mesmo".

Os pentecas entregam o dízimo com medo de ser amaldiçoados, pois isso é constantemente pregado pelos seus pastores malaquianos. No entanto, o "dízimo" é lei do Velho Testamento, não do Novo, e Paulo diz em Gálatas 3:10 "Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque está escrito: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las". Se vocês, pentecas, dão o dízimo e seguem alguns outros mandamentos mosaicos, então precisam também guardar o sábado, deixar de comer carne de porco, enfim precisam guardar os 613 mandamentos da Lei de Moisés, a fim de não serem amaldiçoados!

Não se preocupe, dizendo que estou mexendo com o mundo espiritual. Vocês, pentecas, é que são especialistas neste assunto! De minha salvação cuidou o Senhor na cruz e dando-me a chance de obter um bom conhecimento bíblico não embasado no judaísmo, nem em denominação alguma, porém exclusivamente na Palavra da Verdade.

Mary Schultz

5 comentários:

JamesCondera disse...

Graça e paz vos sejam multiplicadas.

Exímio texto, fidedigno acerca desta imposição doutrinária...

Porém, um item passou por despercebido, refere-se a nomenclatura, do antes, os "crentes", e de agora, os "evangélicos"...

Assim afirma "Antigamente, quando um crente entrava numa loja", e, "Hoje em dia, quando se entra numa loja e diz que é evangélico"...

Podemos, também, concluir que, os pentecas, além das atrocidades à Palavra de Deus, também se renomearam, evangélicos e/ou pentecostais...

Por fim, voltemos a Gálatas, 3.22, "Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes."

Fraternalmente.
James.
www.jesusmaioramor.blogspot.com

Anônimo disse...

Gosto muito de todos os artigos de "O Bereano", mas estou com dificuldadade de aceitar o que está escrito neste texto: "Antes do pentecostalismo" quando diz: " O dízimo é coisa do velho testamento". Concordo que não se deva entregar o dízimo com medo, ou esperando ser abençoado só por essa pratica, mas discordo com essa essa expressão "O dízimo é coisa do velho testamento" pois, dá a impressão que não deve ser praticado hoje. Sou pastor batista filiado a ordem dos Pastores Batistas do Brasil e discordo de quase todas as praticas dos pentecostais e neo-pentecostais.

Daniel disse...

Texto muito bom. Falhou somente na questão do dízimo quando disse que é "coisa do Velho Testamento"... A forma coercitiva com que o dízimo é conduzido nas igrejas pentecas é digno de reprova; a sua mera aplicação nas igrejas, não.

JamesCondera disse...

Graça e paz vos sejam multiplicadas.

Interessante como muitos ainda, defendem a prática do dízimo...

Totalmente respaldado pelas Sagradas Escrituras este exímio texto, quando afirma que "é lei do Velho Testamento"...

Há uma necessidade espiritual dos crentes de se libertarem das garras dos "dízimos", pois, muitos ainda, apóiam os dízimos com a única finalidade de resguardar para si, bênçãos materiais, mas estas, Jesus já nos garantiu, "... buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas"(Mateus 6.33).

Ednaldo Wagner disse...

Mas, afinal, o dízimo é da Vontade de Deus ou não?
Os pentecostais e outros avivados trocam o envelope do dízimo/oferta por bençãos; já os da congregação cristã no Brasil não aceitam a prática do dízimo e apenas ofertam.
Jesus veio para cumprir a lei e não para derrogá-la. Jesus asseverou certa vez: "Mas ai de vós, fariseus, que dizimais a hortelã, e a arruda, e toda a hortaliça, e desprezais o juízo e o amor de Deus. Importava fazer estas coisas, e não deixar as outras." Lucas 11:42. O que quer isso dizer? Quer dizer que o dízimo é válido sim, mas sem desprezar o amor de Deus. Importa dizimar sobre toda a sua renda, e importa, também, não desprezar nem o juízo e nem o amor de Deus.
Com o Amor de Cristo,
Ednaldo Wagner

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