sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sua Igreja cresce ou incha?

Eu plantei, Apolo regou; mas Deus deu o crescimento. Por isso, nem o que planta é alguma coisa, nem o que rega, mas Deus, que dá o crescimento. (I Co 3:6,7).

A lei natural da vida de todo ser criado por DEUS é nascer, se desenvolver, amadurecer, se multiplicar e morrer. Quando nascemos precisamos de alguém para nos alimentar, cuidar, ensinar e encaminhar. Dessa forma amadurecemos, e assim, nos desenvolvemos e passamos a ser independentes, caminhando com as nossas próprias pernas. O próximo passo natural da vida é casar e se multiplicar, gerando uma nova descendência. Por último, como consequência do pecado original, envelhecemos e morremos. Assim tem sido desde a queda do homem, e continuará a ser até a Volta de Cristo.

Esta lei também se aplica a Igreja. Todo crente sincero e dedicado a Obra de DEUS deseja ver mais e mais pessoas recebendo a Jesus Cristo (é ele que nos aceita) como seu Único e Suficiente Salvador e sendo batizadas, tornando-se membros em uma Igreja local. Todo pastor que ama o seu rebanho quer que ele cresça, amadureça e se multiplique. Esta é a lei e o desejo de DEUS: "Ide, fazei discípulos; frutificai e multiplicai-vos" (Mt 28:19; Gn 1:28). Uma missão nasce e, sendo bem cuidada e bem alimentada na Palavra de DEUS, cresce saudável e se torna uma congregação. Logo esta congregação amadurece e se torna uma Igreja local independente. O próximo passo é frutificar e se multiplicar, e é sobre isso que gostaria de compartilhar neste estudo.

A Igreja (a reunião dos santos) é o corpo de Cristo representado aqui na terra: "E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência" (Cl 1:18). Hoje em dia é cada vez mais comum vermos igrejas como uma organização, e cada vez mais difícil como um organismo. Um corpo é um organismo, uma corporação é uma organização. São antagônicas em seu funcionamento e em seus objetivos.

A moda "gospel" do momento é o "movimento de crescimento da igreja", mais conhecida pelos pomposos títulos de "igreja emergente" e/ou "igrejas com propósitos". Este movimento, o qual prefiro chamar de "igreja ao gosto do freguês", vem contaminando Igrejas pelo mundo afora, tendo como seu principal guru o herético Rick Warren, que ficou milionário as custas de incautos que frequentam a sua igreja e pagam para assistir as suas palestras ou consomem seus livros repletos de heresias e técnicas psicológicas.

A proposta deste movimento é atrair o maior número de pessoas possíveis através da aplicação das últimas técnicas de psicologia e marketing, apelando para a máxima de que "o freguês sempre tem razão", portanto tudo que atraia, e agrade para manter, o fregues, não importando o quê, deve ser oferecido, não levando em consideração os meios utilizados desde que se chegue aos fins desejado: atrair, cativar e manter o maior número de pessoas. Isto se chama pragmatismo! Por outro lado, qualquer outra coisa que possa espantar ou ofender o fregues, incluindo aí pregar sobre o pecado, a necessidade de arrependimento e o inferno, devem ser abolidos dos púlpitos destas igrejas.

Os lideres destas "igrejas ao gosto do fregues" almejam os lucros, ou seja, a lã das ovelhas. São marqueteiros gananciosos que chamam suas empresas de "igreja" e que promovem o seu produto de má qualidade através de propagandas engenhosas, vendendo esterco no lugar de alimento para os tolos que se deixam enganar. Como o que não falta no mundo são os tolos, suas "igrejas empresas" estão lotadas, cheias de pessoas vazias, aumentando assim o status e os lucros de tais líderes. Eles, e seus tolos seguidores - verdadeiras marionetes - querem justificar todas as suas tolices e bizarrices, usadas e abusadas para propagar o seu produto estragado, que se estão crescendo tanto é porque Deus está aprovando e se agradando de tudo isto que eles chamam de "ministério". Acontece que se formos usar este argumento para julgar o que agrada ou não agrada a Deus, teríamos então que afirmar que algumas religiões totalmente anticristão estão sendo aprovadas por DEUS. O Islamismo, por exemplo, é a religião que mais cresce em todo o mundo e sabemos que eles são anti-Cristo.

O manual de conduta da Igreja deve ser somente a Bíblia Sagrada. Não necessitamos do marketing psicológico e pragmático e nem dos livros heréticos dos famigerados Rick Warren, Peter Wagner, Philip Yancey, Max Lucado e toda esta corja de escritores de auto-ajuda. Para crescermos saudáveis e nos multiplicarmos, tanto como pessoas como Igrejas, precisamos somente da Ajuda do Alto, através das orientações contidas nas Sagradas Escrituras, o Livro dos Livros (II Tm 3:16-17).

A Igreja de Cristo deve crescer e multiplicar-se, para assim expandir o Reino de DEUS até que Cristo volte e busque a Sua Igreja. O verdadeiro crescimento somente DEUS dá. Um jardineiro ou um agricultor, por mais que trabalhe e se esforce, não tem controle nenhum sobre o crescimento e a frutificação da semente ou da muda que plantou. Ele, como bom servo, apenas planta, rega, aduba e zela pela sua plantação, porém somente DEUS é quem vai decidir o que, como e quando vai brotar ou frutificar. Com a Verdadeira Igreja de Cristo ocorre da mesma forma.

Para um crescimento saudável a Igreja precisa ser bem nutrida com uma boa alimentação e aí está o papel do verdadeiro pastor. O tipo de alimento que este pastor der a Igreja na qual ele foi posto por DEUS para cuidar e ensinar, refletirá, e muito, no seu crescimento e frutificação. Aí está a importância de um pastor fundamentado na Palavra de DEUS e que tenha a coragem de batalhar pela sã doutrina (Jd 1:3).

O crescimento saudável de uma Igreja é medido através do batismo de novos crentes. Uma Igreja cresce pelo batismo, ou seja, pelo recebimento de novos convertidos ao seu rol de membros. Membros vindos de outras Igrejas através de carta de transferência ou aclamação não demonstram um crescimento, mas sim um inchamento da Igreja. Devemos ter muito cuidado com os batismos onde os batizando são todos, ou na sua maioria, filhos de membros da Igreja. Isto pode indicar que a Igreja não está crescendo, mas se reciclando.

Um outro fator importante que devemos observar em uma Igreja saudável em crescimento é que ela se multiplica. Uma Igreja saudável literalmente se espalha por todo o seu redor, criando assim novas Igrejas. Ao invés de termos uma Igreja com quinhentos membros no centro de uma cidade, o correto é que está Igreja se espalhe em outras quatro Igrejas de cem membros cada espalhadas pelos bairros da mesma cidade, por exemplo. Assim teríamos cinco Igrejas - uma no centro e outras quatro espalhadas pelos bairros - que logo estarão se multiplicando em muitas outras Igrejas. Isto facilita a locomoção das pessoas até a Igreja e também a evangelização da cidade, pois não está centrada em um só local ou área, mas expandida por toda a cidade. Algumas destas Igrejas mães - das quais frutificaram muitas outras Igrejas - podem, com o passar do tempo e por diversos motivos, morrerem. Porém, ao se multiplicarem, mantiveram viva a obra que um dia iniciaram naquela localidade.

Para que a Igreja de Cristo cresça e frutifique, basta seguirmos a Sua Palavra que nos ordena: Pregue o Evangelho! (Mar 16:15). Os apóstolos iam de cidade em cidade pregando a Palavra. Não escreviam ou vendiam livros de auto-ajuda, não usavam de psicologia e não apelavam ao emocionalismo e a ignorância do povo. Simplesmente cumpriam a ordem do Mestre: Pregai o Evangelho!

Não somos assessores de marketing ou de imagem de DEUS. Não está em nossas mãos o poder de germinar a semente lançada nos corações. A Salvação pertence ao Senhor! (Jn 2:10). Oremos pedindo a DEUS sabedoria e coragem para pregarmos a Sua Palavra e então "todos os dias acrescentará o Senhor à igreja aqueles que haverão de se salvar (At 2:47).

Que DEUS tenha misericórdia de Sua Igreja,

www.obereano.blogspot.com

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O Concilíábulo dos Dissidentes "Revoltados"

(Advertência: Esta é uma obra de ficção (ou facção). Qualquer semelhança com os nomes e as pessoas fictícias terá sido mera coincidência?)

Tudo havia sido preparado: O salão oval, os microfones individuais, telões para vídeo-conferência, luxo e ostentação. Abertas as portas, parecia um grande estouro de boiada! Correria desenfreada, empurra-empurra, todos ávidos pelos primeiros e mais destacados lugares.

O presbítero Contexto Bíblico, fora de seu "habitat" costumeiro, isolado num canto, pode constatar a presença de alguns dos mais ilustres representantes do neo-carismatismo [pentecostal], neo-ortodoxismo e outros neo-desavergonhismos atuantes: O bispo Valdir Azedo, bispo Rodomiro, bispo Ausente Fernandes e sua mulher, Insônia Femandes, o missionário R.R. Tavares, o missionário Levi Miranda, o sempre carismático Diótrefes Primazia, Iscariotes Honesto, Caim da Paz, Geazi Humilde, Ananias Safirando, e o secularissimo irmão Demas: "Tutti buena gente". Uns quarenta, ao todo.

Do funcionamento do plenário

"TRANQUEM AS PORTAS", berrou a mil decibéis, o bispo Rodomiro, concitando os presentes para o início da reunião dos REVOLTADOS. "Um instante", bradou o Missionário Levi Miranda: "Quem te colocou por cabeça sobre nós? Quem te nomeou presidente desse conciliábulo?" Ouviu-se um estrepitoso som da claque: "Apoiado! Apoiado!". Enérgico, replicou o Bispo Rodomiro com toda a sua mansidão e longanimidade: "CALE A BOCA!". "Entendo, com toda humildade, ser o único competente para presidir esta Confraria". ""Como, se somos da mesma patente?" Exclamou o bispo Valdir Azedo. Rodomiro não ficou atrás: "Siguinte: o salão é meu, as cadeira é minha, os som 'são' meu, afinal de contas, TÔ PAGANO". O bispo Valdir Azedo arrazoou consigo mesmo: "Estou careca de saber que democracia não funciona". "Declaro aberta a sessão deste sacrossanto Conciliábulo".

A guisa de prolegômenos e saneador, continuou o Bispo Rodomiro em suas digressões, quando novamente fora interrompido pelo presbítero Contexto Bíblico: "Não deveríamos orar primeiro?" "NÃO, pura perda de tempo, Time is money", exclamou o humilde bispo, proprietário de uma modesta casinha de 8 milhões de dólares em Beverly Hills. Diante de tão apropriado aparte, todos concordaram em considerar como meros adiáforos quaisquer oração ou exortação.

"Muito bem", continuou o bispo Rodomiro. "Por que estamos tão revoltados com nossas denominações? Deixem-me ler como meditação uma palavra bíblica: Quem não vem pelo amor, vem pela dor! (Zedequias 1:71), ou coisa parecida".

Foi caos! - Todos falavam e berravam a um só tempo. Loucura! Babel! Ninguém entendia ninguém! "Silêncio! Silêncio!"

A custo, conseguiu retomar a palavra o bispo Rodomiro: "Como nem todos podem exprimir o motivo de suas revoltas, nomeio dois irmãos para representar os demais. Foi por motivo DOUTRINÁRIO?" Indagou Rodomiro. "Não bispo, foi pura divisão de NUMERÁRIO", disse o missionário Levi Miranda, secundado pelo missionário R.R. Tavares. "Outra opinião?" "Fo Foi de dd dd", tentou esclarecer o irmão recentemente curado de gagueira no Maior Templo do Mundo. Ao final, entendeu-se claramente a questão do cisma: "dd é divisão de dividendo", concluiu o ex-gago com ares de vitória! E todos gritaram "amém, amém!". E o missionário Levi Miranda tentou remediar: "Alguns, mesmo curado, tem dificuldade de falar, não se podemos critiquiza-los-eles".

Foram vários os incidentes quando do saneador. Um dos mais graves foi a disputa de lugares e posição de destaque entre os membros da confraria. "Pequenos" emergentes querendo ser grandes, enquanto que "grandes" estáveis colocavam obstáculos à sua participação, tratando-os de "Nanicos inoportunos". Rodomiro, o bispo, agiu com prontidão: "Aqui não haverá qualquer discriminação. Não tem pretos nem brancos, ricos ou pobres, ninguém é melhor que ninguém. A partir de agora todos somos verdes. AMÉM? Vamos retomar a reunião". Os "verdes claros" (os que detêm mais tempo na mídia) "sentam na frente, os verdes escuros lá atrás".

Dr. Jonas Elias de Oliveira
Jornal O Fundamentalista

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